quinta-feira, 2 de maio de 2013

J. R. R. Tolkien Vs. George R. R. Martin?



Devo começar pelo assunto que me deixou um pouco triste.
Por que essa ideia de comparar qual é o melhor: Tolkien ou Martin?
Por que isso gente? Li muitos artigos falando disso e muitos leitores tomando partidos com bases fortes, mas incompletas, esquecendo-se de pontos importantes que, creio eu, faz toda a diferença.
Todos sabem o quanto Tolkien fez pela literatura fantástica e suas obras que abalaram os pilares de muitas gerações futuras. Incluindo Martin, que já leu O Senhor dos Anéis inúmeras vezes na adolescência. Tolkien incorporou e acrescentou os condimentos necessários para engrandecer um ramo da literatura que sempre fora desdenhada e menosprezada. O que é injusto, mas não vem ao caso agora. Enfim, Tolkien foi o gênio inicial que resultou para o que temos hoje nas livrarias. Livros ficcionais mais detalhados, com preocupações minuciosas e mais rígidas das narrativas e da escrita, tentando atrair com veracidade e doçura, os leitores para um mundo imaginário, mas ao mesmo tempo real. O que, ao meu ver, deixam meus olhos extasiados de euforia.
Levando isso em consideração, podemos concluir que tudo que se aprimora com o tempo fica melhor do que antes, certo? Entra aqui então, Martin, escritor americano, com talentos únicos e fantásticos. Seu épico magistral, As Crônicas de Gelo e Fogo, é aclamado por todos.(Por mim também, que fique claro.)
Martin foi ainda além, percebeu os pontos negativos de uma história épica detalhada demais e abusou da sujeira da humanidade para inspirar suas obras, tornando-as absolutas e verdadeiras. É mais voltado ao publico adulto. Afinal, os adolescentes de Tolkien cresceram e estão famintos por livros de fantasias que seguiram o mesmo rumo, evoluir.
Então é obvio que Martin tem uma escrita mais fluente e satisfatória. Mas percebam, eu disse satisfatória, não A MELHOR. Como falei antes, Martin tem em seus livros tudo para um publico adulto, sem o risco tão devastador de ser apedrejado na rua. Mas na época de Tolkien, além dele ser católico fervoroso, se ele sonhasse em usar o incesto em seus livros seria alvo de críticas sem igual.
Ele tinha que dosar muito, não porque tivesse medo, mas pelo fato de ser mais aceito aos olhos daquela época. Se duvidarem de mim, façam uma pergunta semelhante a algum idoso, e veja se eles já não ficam horrorizados como, por exemplo, as mulheres andarem com as pernas de fora. Então acho injusto compará-los e deduzirem quem é o melhor. Tendo essa adversidade de épocas e costumes. E não só por isso apenas, uma vez também que ambos são incríveis escritores e se completam harmoniosamente.
Em minha opinião nenhum é melhor que outro. Um criou o ponto inicial, com o tempo, outro a melhorou e teve ótimos resultados. Qual é o problema dessa simples situação?

3 comentários:

Camila Deus Dará disse...

Michel,

concordo com tudo! Primeiro que ficar comparando escritores e livros assim não é legal. Muita gente fica fazendo isso, o pior é quando ficam comprando livros totalmente diferente, como HP e Crepúsculo. kkkkk
Eu gosto dos dois escritores que citou, adoro os dois e amo os livros deles.
É bem como você disse, as épocas em que os livros foram escritos são bem diferentes e isso faz uma grande mudança nas coisas.

Ah, gostei muito do texto!

Até mais :)

Michel Filipe disse...

Obrigado, Camila.
É esquisito mesmo, evito fazer comparações é muito ruim.

Abraços!

de Dai para Isie disse...

Oi, Michel.

Eu nunca li nada de nenhum dos dois, acho meio difícil dar qualquer opinião, mas vamos lá...

Acredito que ambos tenham suas próprias características e, ainda que o mesmo grupo de leitores leiam as obras desses dois autores, a distância dos anos entre as publicações deles já denotaria diferenças. Também me aborreço com comparações, cada um é único. Mesmo aqueles que imitam ou se inspiram nos outros possuem características próprias. Para mim, não existe autor melhor ou pior, existe aquele que eu prefiro (Lauren Oliver - atualmente) e aquele do qual não gosto (Nicholas Sparks).

Beijos,

Isie Fernandes - de Dai para Isie


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